domingo, 25 de novembro de 2007

Pequena estória piegas sobre as coisas

Às vezes, quando as coisas perdem o motivo de existirem, me esmigalho, e assim, quebrado em tantas partes, quase desapareço. Chego a pensar que somos assim, um só, por exigência do Sentido (aquele traço inperscrutável embutido em tudo o que há, quando se olha por muito tempo e de muito perto), e todos os pedaços se concetram nesse fim, para que nos tornemos algo. Caso contrario não teriamos fim nem contorno e seriamos confundidos com o vento, diluidos na chuva, espalhados por ai. Por isso sempre quero me perder. Sendo pó, rocha ou rio seria um nao existir, porque só existe o que morre. As vezes, quando nao se pode amar, é melhor nao existir. É mais justo com as coisas, que, por serem eternas, perdem o direito de ser, ou seja, de existrem o tempo todo, mesmo quando não se olha para elas. Talvez seja isso: talvez elas só existam às vezes porque são incapazes de amar. Por outro lado eu, portador dessa dávida inútil, não existo para mais ninguém, e escrevo apenas para me certificar que ainda estou aqui.

4 comentários:

Unknown disse...

A força da nossa amizade vence todas as diferenças...
Aliás... para que diferenças se somos amigos?
Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos
Se temos defeitos... não nos importamos...
Trocamos segredos...
e respeitamos as divergências...
Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...
Nos amparamos...nos defendemos...
sem pedir...
fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...
Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos.
Nos mostramos amigos de verdade,
quando dizemos o que temos a dizer...
Nos aceitamos , sem querer mudanças...
Estamos sempre presente,
não só nos momentos de alegria,
compartilhando prazeres,
mas principalmente nos momentos mais difíceis...

Marcelo Souto disse...

Achei legal. Dentre as diversas formas de comunicação e expressão humana a escrita se destaca pela concreticidade. Imagine como seria horrível se não tivessemos boca para falar ou não fosse possível expressar pelas palavras o que pensamos? Ficaríamos reclusos em nosso pequeno mundo, sem que os próximos ou os que estão distantes conheçam nossos sonhos, anceios, vontades, aflições, desejos...

Do amigo jornalista Marcelo Souto

Marina disse...

Lindo, Claytão!!!! Vou estudar para fazer comentários mais pertinentes e pensar um pouco mais sobre a doação em dinheiro! hehehehehe... Bjão, querido!!!

Emile disse...

Gostei do que vc escreve...

intrigante... meio assustador ... mas interessante