terça-feira, 27 de novembro de 2007

Observação irrelevante do dia

Crescemos para nos tornarmos adultos, essa é a grande promessa da infância. E envelhecemos para nos empedernir. Esse processo de desumanização é silencioso e começa muito cedo. O mundo conspira para nos insensibilizar, a secura da vida existe para nos convencer que ela é imperativa. Para os céticos, pessimista e afins que nunca encontraram um adequado sentido à vida, eis um: vive-se para se afundar na letargia de quem já não tem lágrimas, para tornar-se ferino. Depois disso, e acontece como quase todos, adquire-se um sorriso dolorido, maculado. A mascara que é usada como rosto só fala com suas marcas de experiências más. E os olhos, que cansados de ver se limitam a olhar, não param de dizer numa tristeza cansada e contida: "as coisas são assim".

domingo, 25 de novembro de 2007

Pequena estória piegas sobre as coisas

Às vezes, quando as coisas perdem o motivo de existirem, me esmigalho, e assim, quebrado em tantas partes, quase desapareço. Chego a pensar que somos assim, um só, por exigência do Sentido (aquele traço inperscrutável embutido em tudo o que há, quando se olha por muito tempo e de muito perto), e todos os pedaços se concetram nesse fim, para que nos tornemos algo. Caso contrario não teriamos fim nem contorno e seriamos confundidos com o vento, diluidos na chuva, espalhados por ai. Por isso sempre quero me perder. Sendo pó, rocha ou rio seria um nao existir, porque só existe o que morre. As vezes, quando nao se pode amar, é melhor nao existir. É mais justo com as coisas, que, por serem eternas, perdem o direito de ser, ou seja, de existrem o tempo todo, mesmo quando não se olha para elas. Talvez seja isso: talvez elas só existam às vezes porque são incapazes de amar. Por outro lado eu, portador dessa dávida inútil, não existo para mais ninguém, e escrevo apenas para me certificar que ainda estou aqui.

Teste

Teste. Toc toc. É, parece que agora minha cabeça está funcionando. Ainda que precariamente mas está, o que não me espanta. Minhas pretenções à escritor continuam as mesmas: nulas. Senão isso, então resumidas a este blog. Não podendo exigir muito da minha mente, como já explicado acima, demorei uma semana tentando achar um nome interessante para ele. O resultado não posso chamar de êxito, mas me satisfez razoavelmente. Pedante, longo de mais, incompreensível. Seja lá o que for que venham a pensar sobre o nome que escolhi eu já me antecipei a vocês e, depois de hesitar tanto, querem saber o que acho disso tudo? Dane-se! Se gostarem, leiam, se não, não leiam, simples assim. Até mais.

Ps.: posts metalingüisticos são sinais de falta de assunto, o que deve ser recorrente por aqui...